A Coreia do Norte acusará de entrada ilegal e atos hostis duas jornalistas americanas detidas este mês pelas autoridades norte-coreanas na fronteira com a China, informou nesta terça-feira, 31, a agência oficial norte-coreana "KCNA", citada pela Yonhap.
O regime comunista assegurou ter comprovado as acusações através de provas e declarações feitas pelas próprias jornalistas, detidas na fronteira da Coreia do Norte com a China em 17 de março enquanto faziam filmagens.
A Coreia do Norte acrescentou que as investigações continuarão, e que o regime se prepara para processá-las pelas acusações confirmadas.
Embora a KCNA não tenha especificado a quais atos hostis se referia, as acusações poderiam ser de espionagem, pelas quais podem ser punidas com até 20 anos de prisão, e que dificultariam ainda uma rápida libertação dos jornalistas.
As duas repórteres americanas, Laura Ling e Euna Lee, que trabalham para o canal "San Francisco Current TV", foram detidas há duas semanas na fronteira norte-coreana com a China enquanto faziam filmagens.
A Coreia do Norte confirmou a detenção, quatro dias depois de os incidentes acontecerem, ao ressaltar que as jornalistas "entraram ilegalmente" no país, "cruzando a fronteira com a China".