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Coreia do Norte adia lançamento de foguete

Por AE-AP
Atualização:

A Coreia do Norte informou que lançará seu controverso foguete sobre o céu do Japão "em breve", mas o lançamento marcado para este sábado não ocorreu, provavelmente em consequência de fortes ventos. As nações da região enviaram navios de guerra e prepararam seus satélites para monitorar o que, acreditam, será um teste de míssil de longo alcance, capaz de atingir o Alasca. Os preparativos para o envio de um "satélite experimental de comunicação" no espaço estão concluídos, disse a agência de notícias estatal da Coreia do Norte neste sábado, acrescentando que "o satélite será lançado em breve". A Coreia do Norte havia anunciado no mês passado o lançamento do "satélite" entre 4 e 8 de abril, das 11 horas às 16 horas pelo horário local.Neste sábado, os ventos estiveram "relativamente fortes" próximo à região da plataforma de lançamento, em Musudan-ri, e evitaram que a Coreia do Norte prosseguisse com seu plano, disse o analista da consultoria Sejong Intitute, Paik Hak-soon. "A Coreia do Norte não pode arriscar um problema técnico", disse. "A Coreia do Norte não lançaria o foguete se houvesse mesmo uma pequena desconfiança sobre o tempo." O Japão pediu à Coreia do Norte que voltasse atrás da decisão de lançar o foguete que o país, a Coreia do Sul e os Estados Unidos suspeitam ser um pretexto para testar sua tecnologia de mísseis de longa distância, uma situação preocupante já que a Coreia do Norte possui armas nucleares e por várias vezes quebrou promessas de abandonar seu programa nuclear ou suspender testes com mísseis."O lançamento irá prejudicar a paz e a estabilidade na Ásia. Pedimos muito à Coreia do Norte para voltar atrás", afirmou o porta-voz do governo do Japão, Takeo Kawamura, neste sábado, acrescentando que o lançamento viola a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que limita as atividades com mísseis balísticos do país. Ontem, o presidente norte-americano afirmou que o lançamento seria uma atitude "provocadora" e levaria os Estados Unidos a "tomar ações apropriadas para que a Coreia do Norte saiba que não pode ameaçar a segurança de outros países impunemente". O presidente da China, Hu Jintao, disse que o lançamento teria um "efeito negativo na paz e estabilidade no nordeste da Ásia e que o assunto deveria ser discutido entre os países envolvidos".

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