Coreia do Norte ameaça dar resposta militar a Coreia do Sul

Regime comunista considera possível retaliação de país vizinho verdadeira "declaração de guerra"

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Por Efe
Atualização:

A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira, 27, com uma possível resposta militar contra a Coreia do Sul e assinalou que já não se vê vinculada ao armistício assinado por ambas as nações ao término de sua guerra em 1953, segundo informou a agência norte-coreana KNCA.

 

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O regime comunista de Pyongyang reagiu assim à decisão do governo de Seul de participar plenamente na iniciativa americana contra o tráfico de armas de destruição em massa, o chamado PSI, e assegurou que a península coreana "voltará a um estado de guerra".

 

Um porta-voz do Exército norte-coreano, citado pela KCNA, disse que a plena participação sul-coreana no PSI será considerada como "uma declaração de guerra" contra a Coreia do Norte, acrescentando que responderá com um ataque militar imediato e potente a qualquer ato hostil.

 

Segundo o porta-voz militar norte-coreano, se o armistício perder sua vigência a península voltará em breve a uma "situação de guerra".

 

Os Estados Unidos comemoraram a decisão da Coreia do Sul de participar plenamente em sua iniciativa antiproliferação de armas, o que Pyongyang considera um descumprimento dos termos do armistício de 1953.

 

A Coreia do Norte assegurou que se alguma de suas naves for inspecionada com base na PSI, que ontempla a abordagem de navios suspeitos de participar da proliferação de armas de destruição em massa, o interpretará como um ato hostil.

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Pyongyang disse que considerará as inspeções e vigilância de seus navios em missão pacífica como "uma violação intolerável contra sua soberania" que será respondida com um ataque militar.

 

Igualmente o regime comunista norte-coreano anunciou que não garante a segurança dos navios nas águas do Mar Ocidental (Mar Amarelo), após a proibição da circulação das naves norte-coreanas desde o dia 25 até esta quarta-feira, em uma região concreta do litoral ocidental da província de Pyongyang do Sul, por isso que também não estão descartados mais disparos de projéteis.

 

O regime comunista norte-coreano efetuou na segunda-feira seu segundo teste nuclear, e o Conselho de Segurança respondeu esse mesmo dia com uma condenação unânime e o aviso de que avaliará a imposição de sanções e uma nova resolução.

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