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Coreia do Norte avança em seu programa de enriquecimento de urânio

Pyongyang está aumentando número e sofisticação de suas armas nucleares, diz estudo

Por Efe
Atualização:

WASHINGTON- A Coreia do Norte segue adiante com seu programa de enriquecimento de urânio, uma evolução que melhoraria sua capacidade de produzir bombas nucleares e de vender sua tecnologia e conhecimento a seus países, informa um estudo divulgado nesta sexta-feira, 8.

 

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Segundo o Instituto para a Ciência e Segurança Internacional (ISIS), o programa de centrifugadoras do regime comunista representa uma ameaça de proliferação "horizontal e vertical", pois permite a Pyongyang aumentar o número e a sofisticação de suas armas nucleares, e vendê-las a terceiros.

 

O informe dos autores David Albright y Paul Brannan, que se baseiam em dados de aquisições norte-coreanas obtidas por governos e informações do Paquistão, diz que a Coreia do Norte está desenvolvendo centrífugas, mas determinar em que ponto se encontra o programa e onde estão localizadas as instalações nucleares é difícil.

 

Os dados disponíveis sobre a compra de material e de tecnologia para o programa não indicam se o regime de Kim Jong-il é capaz de produzir grandes quantidades de urânio altamente enriquecido, acrescenta a análise.

 

Apesar disso, as informações evidenciam que Pyongyang "foi mais além do trabalho em laboratório e tem a capacidade de construir, ao menos, uma usina piloto para centrífugas de gás".

 

Segundo o ISIS, não há dados confiáveis que permitam concluir que a Coreia do Norte esteja construindo uma central para 3.000 centrífugas. Essa quantidade, de acordo com o estudo, seria suficiente para produzir urânio ao grau necessário para fabricar duas armas nucleares por ano.

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Mesmo assim, o instituto considera preocupante que Pyongyang cada vez mais forneça partes de centrífugas, instalações, conhecimentos técnicos e até urânio altamente enriquecido a outros países ou grupos.

 

A Coreia do Norte, afirma o ISIS, "demonstrou a capacidade e a inclinação ao fornecimento de material nucelar a clientes estrangeiros", como foi o caso da Síria, cujo reator foi destruído por Israel em 2007, e na Líbia.

 

Os Estados Unidos também alertaram sobre a possibilidade de que o regime comunista colabore com a Birmânia em matéria nuclear.

 

A análise é publicada após uma semana do ISIS já ter divulgado imagens que mostram a construção de dois edifícios nos arredores da torre de refrigeração do reator de Yongbyon, demolida en 2008 por Pyongyang, e da Coreia do Sul afirmar ter registrado movimentos que indicam o reinício da atividade na central nuclear.

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