Coreia do Norte chama primeiro-ministro japonês de 'estúpido' e ameaça Tóquio

Comunicado oficial foi divulgado após premiê Shinzo Abe afirmar que Pyongyang lançou mísseis balísticos na última quinta-feira, 28

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Por Redação
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A Coreia do Norte chamou neste sábado, 30, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe de 'idiota' e 'estúpido' por dizer que os mísseis lançados por Pyongyang na última quinta-feira, 28, eram balísticos. O país também ameaçou disparar contra o Japão. 

Coreia do Norte lançou diversos projéteis nos últimos meses Foto: KCNA via KNS/AFP

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Um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal KCNA e assinado por um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse que "pode-se dizer que Abe é o único idiota neste mundo e o homem mais estúpido que já conheceu a história, porque é incapaz de distinguir um míssil de um sistema múltiplo de lançamento de foguetes".

O texto afirma que o primeiro-ministro vive 'isolado da política internacional' e também o descreve como 'burro', 'ignorante', 'tolo perfeito', 'anão político', 'cachorro medroso' e até o compara a uma 'criança deformada daquelas que se vêem raramente'.

O comunicado acusa o político conservador japonês de tentar estragar o estagnado diálogo com os Estados Unidos sobre a desnuclearização, e insinua que "Abe poderia ver, em um futuro não muito distante e de muito perto, o que é um míssil balístico".

Na última quinta-feira, Pyongyang disparou dois projéteis de sua costa leste, usando um grande lançador de foguetes de calibre, que caíram no Mar do Japão, embora fora das águas da zona econômica exclusiva do país nipônico.

Abe, que já havia descrito esse tipo de projétil como 'mísseis balísticos' antes, outros membros de seu gabinete e representantes do Ministério da Defesa do Japão disseram no mesmo dia que o que foi disparado não eram meros foguetes.

Além dos insultos, desqualificações e ameaças norte-coreanas, as declarações de Tóquio destacam o que muitos especialistas já dizem sobre o lançador de foguetes do regime. Eles afirmam que o que aciona essa bateria, com quatro tubos com um calibre de cerca de 600 milímetros, se diferencia de um míssil balístico apenas pela falta de um sistema de orientação. 

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O sistema também é móvel, o que dificulta sua detecção, e o último teste mostra uma melhora no intervalo entre projéteis, embora ainda esteja longe dos lançadores de foguetes controlados por potências como os Estados Unidos e a China. /EFE

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