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Coreia do Norte condena americano a oito anos de trabalho forçado

Homem de 30 anos foi detido no mês passado por ter entrado no país ilegalmente

Atualização:

Associated Press e Reuters

 

SEOUL- A Coreia do Norte condenou nesta terça-feira, 6, um americano a oito anos de trabalhos forçados por ter entrado no país ilegalmente e ter cometido ações hostis não especificadas, uma decisão que pode piorar ainda mais as relações do país com Washington.

 

O país já usou cidadãos americanos presos como peças de troca anteriormente.

 

O anúncio é feito em um momento em que os Estados Unidos está pressionando a Coreia do Norte para retomar negociações sobre o desarmamento nuclear.

 

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A Agência Central de Notícias da Coreia afirmou em um comunicado que Aijalon Mahli Gomes, de 30 anos, confessou os crimes em uma audiência nesta terça.

 

"O acusado admitiu todos os crimes sob os quais foi colocado sob acusação. A presença de representantes da embaixada da Suécia para testemunhar o julgamento foi permitida como uma exceção ao pedido dos suecos para proteger os interesses dos Estados Unidos", declarou a agência.

 

O país declarou que havia detido Gomes no mês passado por ter entrado em território norte-coreano ilegalmente.

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O Departamento de Defesa dos EUA ainda não fez comentários sobre a prisão. Washington não tem relações diplomáticas formais com a Coreia do Norte.

 

Gomes foi professor de inglês em Seoul por dois anos antes de viajar ao país do norte, e também atuava em um grupo protestante.

 

Ele provavelmente cruzou a fronteira em apoio ao missionário americano Robert Park, que entrou no país no Natal para denunciar o desrespeito aos direitos humanos na Coreia do Norte.

 

Park foi solto em fevereiro após a mídia norte-coreana ter afirmado que ele confessou seus crimes.

 

Em casos anteriores, a Coreia do Norte libertou os americanos poucos meses após ter os capturado, depois de terem tentado ganhar concessões de Washington.

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