Coréia do Norte convida diplomata dos EUA para visita a Pyongyang

O movimento pode indicar uma nova disposição dos norte-coreanos em retomar as negociações sobre seu programa nuclear

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Por Agencia Estado
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A Coréia do Norte convidou o subsecretário de Estado americano Christopher Hill para uma visita a Pyongyang, num movimento que pode indicar uma nova disposição dos norte-coreanos em retomar as negociações sobre seu programa nuclear. Segundo um diplomata do país, a aceitação do convite pelo governo americano seria uma prova de que os EUA estão comprometidos com um acordo para que os norte-coreanos abandonem suas ambições bélicas. Hill, encarregado das negociações nucleares dos Estados Unidos, já havia manifestado anteriormente a vontade de visitar a Coréia do Norte se isso fosse ajudar as negociações entre seis países (China, EUA, Japão, Rússia e as Coréias do Norte e do Sul), mas salientou que diversos fatores poderiam influenciar a concretização de tal viagem. "Se os Estados Unidos tiverem uma verdadeira vontade política de implementar uma decisão conjunta, nós gentilmente voltamos a convidar o chefe da delegação americana nas negociações para visitar Pyongyang e explicar isso diretamente a nós", disse um porta-voz não especificado da chancelaria norte-coreana. A declaração da Coréia do Norte consta de um despacho da agência de notícias estatal de Pyongyang, KCNA, recebido em Seul, na vizinha Coréia do Sul. O termo "decisão conjunta" refere-se a um acordo de setembro do ano passado no qual a Coréia do Norte comprometeu-se a abandonar seu programa nuclear em troca de ajuda financeira e energética e garantias de segurança. Desde então, não houve progresso na implementação do pacto. As negociações entre os seis países estão estagnadas desde novembro do ano passado, quando os norte-coreanos revoltaram-se com a decisão do governo americano de colocar em uma lista negra companhias norte-coreanas suspeitas de falsificação de divisas, lavagem de dinheiro e tráfico de armas.

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