PYONGYANG - A Coreia do Norte voltou a criticar as manobras militares anuais conjuntas entre Coreia do Sul e Estados Unidos nesta quarta-feira, 17, um dia antes de tais treinamentos serem concluídos, informou a agência oficial norte-coreana KCNA.
Pela primeira vez, Pyongyang emitiu um memorando para criticar as manobras, que mobilizaram 18 mil soldados americanos e 20 mil sul-coreanos. Segundo o governo comunista, as atividades visam a preparação para uma eventual invasão ao território norte-coreano.
A Coreia do Norte considerou que Seul e Washington "não serão livres da responsabilidade de ter feito ruir a paz e a desnuclearização na península coreana" e alegou que as manobras não são de caráter defensivo, mas sim o prelúdio de uma invasão a seu território.
Pyongyang ressaltou que os dois aliados realizaram esses exercícios quando, "mais que nunca", a comunidade internacional exige a paz na península coreana. Além disso, o regime comunista norte-coreano orientou os EUA a "adotarem medidas práticas para pôr fim à situação de guerra e às relações hostis entre Coreia do Norte e EUA".
No início das manobras, no último dia 8, Pyongyang já tinha ameaçado parar seu processo de desnuclearização e deixar o acordo de cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia.