SEUL - A Coreia do Norte disparou na manhã desta quinta-feira (horário local) diversos mísseis de curto alcance, segundo fontes militares sul-coreanas. Os lançamentos ocorreram menos de uma semana após o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado novas sanções contra Pyongyang, diante da insistência do líder, Kim Jong-un, em manter seus programas nuclear e de mísseis balísticos independentemente da pressão internacional.
Os projéteis, ainda segundo as autoridades de Seul, foram disparados a partir de uma base na cidade costeira de Wonsan e seriam mísseis do tipo “terra-mar”, que têm como objetivo atingir navios inimigos.
Este foi o quarto teste de mísseis realizado pelo regime comunista nas últimas cinco semanas, desafiando as advertências da ONU e as ameaças dos Estados Unidos quanto a uma possível resposta militar.
Desde o início do ano, Pyongyang fez dois testes atômicos e dezenas de lançamentos de mísseis.
No mês passado, a Coreia do Norte havia testado seu míssil balístico de maior alcance, em sua tentativa de desenvolver um que seja capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos, com uma ogiva nuclear. O presidente americano, Donald Trump, já advertiu que "isso não acontecerá".
O chefe da Agência de Defesa Contra Mísseis dos Estados Unidos, o vice-almirante James Syring, disse nesta quarta-feira que avanços tecnológicos demonstrados pela Coreia do Norte em seu programa de mísseis balísticos nos últimos seis meses causaram “grande preocupação” ao país.
Syring disse durante uma audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Deputados dos EUA que cabia à sua agência assumir que a Coreia do Norte atualmente pode “alcançar” os Estados Unidos com um míssil balístico intercontinental carregando uma ogiva nuclear.
Defesa. O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, ordenou ontem a suspensão da ampliação do sistema de defesa americano THAAD no país. Autorizada pela antecessora de Moon, Park Geun-hye, a chegada dos equipamentos antimísseis dos EUA é tratada pelo novo líder de Seul como um passo equivocado. Moon defende que o conflito com a Coreia do Norte seja solucionado por meio de diálogo. Park foi deposta em um processo de impeachment por tráfico de influência. / REUTERS