
26 de agosto de 2020 | 12h44
SEUL - A imprensa norte-coreana divulgou nesta quarta-feira, 26, imagens de Kim Jong-un presidindo uma reunião sobre o novo coronavírus e sobre a chegada de um tufão ao país. Nos últimos dias, o estado de saúde de Kim alimentava especulações no exterior.
O serviço de inteligência da Coreia do Sul afirmou que o líder norte-coreano delegou parte de suas prerrogativas à irmã Kim Yo Jong devido ao "estresse". Kim, no entanto, apareceu para presidir a importante reunião da comissão do Partido dos Trabalhadores, que teria acontecido na terça, para abordar as maneiras de enfrentar a pandemia, informou a agência oficial KCNA.
A Coreia do Norte, que fechou as fronteiras quando a covid-19 começou a se propagar na vizinha China, não confirmou nenhum caso de contágio em seu território. O jornal norte-coreano Rodong Sinmun publicou fotografias da reunião da comissão que mostram Kim vestido de branco e discursando aos colaboradores.
Kim admitiu "algumas lacunas" na prevenção e pediu medidas mais contundentes para remediar as "carências", de acordo com a KCNA. No mês passado, Pyongyang ordenou o confinamento da cidade de Kaesong, próxima da fronteira com a Coreia do Sul, e afirmou que um desertor foi detido depois de entrar ilegalmente a partir do território sul-coreano e que ele era suspeito de ter tido o vírus.
As restrições foram retiradas posteriormente e o possível caso nunca foi confirmado. O estado de saúde do líder norte-coreano é um segredo de Estado muito bem guardado em um país fechado e sem liberdade de imprensa.
Os rumores sobre Kim são recorrentes e até os serviços de inteligência sul-coreanos se equivocam sobre a situação na Coreia do Norte. Em abril, os alarmes voltaram a disparar quando Kim não fez aparições públicas por três semanas e nenhuma foto oficial do dirigente foi divulgada durante as celebrações do aniversário de nascimento de seu avô, Kim Il Sung, fundador do regime, uma data muito importante no calendário político norte-coreano. / AFP
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