Coreia do Norte diz que Estados Unidos querem nova reunião para discutir questão nuclear

Negociador norte-coreano Kim Myong-gil exige novas propostas para que diálogo aconteça

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Por Redação
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O negociador nuclear norte-coreano Kim Myong-gil afirmou que Washington propôs realizar uma nova reunião de trabalho em dezembro e que Pyongyang se dispõe a participar de novo diálogo, mas apenas se os Estados Unidos trouxerem novas propostas.

Presidente Donald Trump com o líder norte coreano Kim Jong Un Foto: Evan Vucci / AP

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"Se uma solução negociada para nossos problemas for possível, estamos prontos para nos encontrar com os Estados Unidos em qualquer lugar, a qualquer hora", afirmou Myong-gil em texto da agência estatal norte-coreana KCNA veiculado nesta sexta-feira, 15. "Se os EUA ainda perseguem o fim sinistro de nos apaziguar na tentativa de ultrapassar o prazo, como já aconteceu na Suécia no início de outubro, não estamos interessados nas negociações", adicionou. 

A Coréia do Norte insistiu em estabelecer um prazo máximo, no final deste ano, para que os Estados Unidos façam uma proposta mais flexível em relação à desnuclearização do país asiático. Embora tenham assinado um acordo de cooperação no ano passado e se reunido nos últimos meses, os dois países ainda não conseguiram chegar a um acordo. 

Myong-gil afirma acreditar que Washington "não está preparado" para trazer à mesa uma nova proposta e que é "um truque para economizar tempo". "Sendo explícito mais uma vez, não estou interessado nessa reunião", concluiu no texto.

O último diálogo entre os países aconteceu em Estocolmo, na Suécia, em outubro e terminou com Pyongyang acusando Washington de não oferecer nada de novo e de manter ativa sua "política hostil" contra o regime que comanda o país. Especialistas acreditam que, se não houver progresso, a Coréia do Norte poderia escolher o Ano Novo para realizar novos testes de armas, especialmente de mísseis de alcance intermediário, como uma estratégia para pressionar Washington e o resto de seus aliados na região./EFE

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