14 de maio de 2011 | 14h36
O documento também diz que a transferência ilícita de tecnologia ocorre por meio de um terceiro país, que seria a China, segundo relataram à Reuters vários diplomatas, sob condição de anonimato.
O relatório foi apresentado ao Conselho de Segurança da ONU por um Painel de Peritos da entidade, um grupo que monitora o cumprimento das sanções impostas pelo organismo à Coreia do Norte, após o país realizar dois testes nucleares em 2006 e 2009.
As sanções da ONU incluem a proibição de trocas de tecnologia nuclear e de mísseis de Pyongyang, bem como o embargo de armas. As medidas também proíbem o comércio com algumas empresas norte-coreanas e pede o congelamento de bens e a proibição de viagem a alguns cidadãos do país.
"Suspeita-se que itens proibidos relacionados a mísseis balísticos tenham sido comercializados entre a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) e a República Islâmica do Irã em voos regulares da Air Koryo e Air Irã", diz o relatório.
"Para o transporte de carga, como armas e material relacionado, cuja natureza ilícita ficaria evidente em qualquer inspeção física rápida, a Coreia (do Norte) parece preferir voos cargueiros fretados", acrescenta o documento.
O texto afirma ainda que as aeronaves tendem a voar "de ou para os hubs aéreos de carga e que faltam monitoramento e segurança a que os terminais de passageiros e os voos estão sujeitos agora".
Vários diplomatas do Conselho de Segurança da ONU disseram que a China está insatisfeita com o relatório. No passado, Pequim impediu a publicação de documentos de peritos do painel do organismo sobre a Coreia do Norte e o Sudão. No início desta semana, a Rússia tomou medidas semelhantes para suprimir um relatório do painel igualmente desfavorável ao país.
(Reportagem de Louis Charbonneau)
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