O Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte realizou a primeira sessão de um importante plenário que pode ser a chave para o futuro do diálogo sobre desnuclearização com os Estados Unidos, informou a propaganda do regime neste domingo, 29.
A primeira sessão da quinta reunião plenária do atual Comitê Central foi realizada no sábado, 28, em Pyongyang, e foi presidida pelo líder Kim Jong-un com objetivo de "tratar de questões importantes relacionadas ao partido, a construção do Estado e a defesa nacional", de acordo com a agência estatal KCNA.
A assembleia foi convocada "para superar as muitas provações e dificuldades e acelerar ainda mais o desenvolvimento da revolução, mantendo uma postura anti-imperialista transparente e independente e uma vontade firme". O texto da KCNA não adiciona mais detalhes de peso, além de "a reunião continua", o que implica que durará dois ou mais dias.
No início do mês, o regime anunciou a assembleia, que aconteceria na segunda quinzena de dezembro e serviria para "decidir sobre assuntos cruciais". O anúncio gerou grandes expectativas quanto à possibilidade de que durante a assembleia o país asiático decida mudar sua estratégia diplomática com os Estados Unidos no que tange ao diálogo sobre desnuclearização.
A reunião também chega pouco antes do prazo proposto por Pyongyang (até o final do ano) para Washington apresentar uma nova oferta na negociação e dias antes de Kim Jong-un entregar seu tradicional discurso de Ano Novo, em o que poderia dar pistas sobre a posição que seu regime adotará.
A Coréia do Norte também sugeriu recentemente que os Estados Unidos poderiam receber um "presente de Natal" se não mudasse de posição. Nas últimas semanas, o Pentágono reforçou a vigilância aérea sobre a península coreana, ante a possibilidade do exército norte-coreano lançar um míssil.
O diálogo sobre o desarmamento não progrediu desde a falha cúpula de fevereiro em Hanói, onde Washington considerou insuficiente a oferta de Pyongyang em relação ao desmantelamento de seus ativos nucleares e se recusou a suspender as sanções econômicas. Também não foi realizada uma reunião de trabalho em Estocolmo, no início de outubro, para desbloquear a situação. /EFE