
15 de agosto de 2017 | 11h55
SEUL - O regime de Pyongyang negou nesta terça-feira, 15, que esteja atualmente negociando com Washington a liberdade de três cidadãos americanos presos na Coreia do Norte, e disse que o "atual clima" de tensão entre os dois países não é o mais indicado para a conversa.
"O assunto do detido americano não está sendo alvo de discussão na atual relação EUA-República Popular Democrática da Coreia (nome oficial do país)", explicou um porta-voz da chancelaria norte-coreana em uma nota publicada pela agência de notícias estatal KCNA.
O comentário foi feito após recentes informações que indicam que, apesar da atual tensão, Washington e Pyongyang fizeram contatos frequentes nos bastidores por meio do chamado "Canal de Nova York", onde teria sido negociada a liberdade do estudante Otto Warmbier, que em junho retornou aos EUA em estado de coma e morreu pouco depois.
A nota foi publicada uma semana depois que a Coreia do Norte libertou o pastor canadense Lim Hyeon-soo, aparentemente por motivos de saúde. Assim como outros três americanos que permanecem presos, Lim foi detido e condenado a uma longa pena de prisão por cometer "graves crimes" contra o Estado norte-coreano.
A tensão entre a Coreia do Norte e os EUA tem aumentado em razão das trocas de ameaças e com Pyongyang detalhando um plano para bombardear a Ilha de Guam.
Após a morte de Otto Warmbier, que foi detido durante uma viagem de fim de ano, Washington decidiu proibir, a partir do dia 1.º de setembro, seus cidadãos de realizarem viagens turísticas à Coreia do Norte. / EFE
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