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Coréia do Norte permite inspeção da AIEA, mas critica ONU

Inspetores de agência nuclear não vão ao país desde 2002, quando foram expulsos

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, chegou nesta terça-feira, 13, à Coréia do Norte para uma visita histórica. No entanto, apesar de ter concordado em receber os inspetores, o país voltou a criticar a ONU por querer forçar a suspensão de seu programa nuclear. O objetivo da visita de El Baradei é buscar um compromisso por parte dos norte-coreanos, que garanta o encerramento de seu programa nuclear. Os inspetores da AIEA não visitam a Coréia do Norte desde 2002, quando um grupo de funcionários da agência foi expulso do país e um acordo de desarmamento foi encerrado. A visita desta terça-feira faz parte de um novo acordo firmado em fevereiro deste ano como resultado das negociações multilaterais sobre a questão. Os inspetores pretendem monitorar a desativação do reator de Yongbyon, principal peça do programa nuclear norte-coreano. "Espero que possamos fazer algum progresso", disse El Baradei, antes de deixar Pequim. "Esta é uma parte importante da implementação dos primeiros passos das negociações entre os seis países", afirmou o chefe da AIEA, em referência às conversas que envolvem China, as duas Coréias, EUA, Japão e Rússia. Críticas à ONU A Coréia do Norte criticou nesta terça-feira a visita dos inspetores da AIEA. Por meio de um comunicado oficial, o Ministério do Exterior disse que a decisão da ONU de inspecionar o programa nuclear norte-coreano era "discriminatória". "A Coréia do Norte não liga se recebe uma pequena assistência da ONU ou não, mas não vai tolerar qualquer tentativa imprudente de atingir sua dignidade", afirmou um porta-voz do governo, de acordo com a Agência Central Norte-Coreana de Notícias (KCNA). A ONU suspendeu sua ajuda financeira à Coréia do Norte depois de os EUA terem afirmado que o dinheiro da organização estava sendo desviado para "fins ilícitos", incluindo o desenvolvimento de armas nucleares. O país asiático nega a acusação.

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