Coreia do Norte pode lançar novo míssil, dizem EUA

Satélite espião flagra movimentação na base em que suposto projétil de longo alcance foi lançado em abril

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Atualização:

Os satélites de espionagem americanos detectaram uma atividade de veículos em um ponto de lançamento de mísseis da Coreia do Norte, o que pode significar outro teste do regime comunista, informa nesta sexta-feira, 29, a imprensa dos Estados Unidos. A rede de TV CNN citou dois funcionários do Pentágono, sem identificá-los, que disseram que a atividade é similar à que antecedeu o lançamento, meses atrás, de um suposto míssil norte-coreano de longo alcance Taepodong.

 

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Mais cedo, a Coreia do Norte testou mais um míssil de curto alcance da base de lançamento de Musudan-ni launch, na costa leste, informou um funcionário do governo sul-coreano, que falou em condição de anonimato. Foi o sexto teste de mísseis realizado pela Coreia do Norte desde o teste nuclear realizado pelo país na segunda-feira. O funcionário não divulgou mais detalhes, mas a agência sul-coreana de notícias Yonhap, citando uma fonte não identificada do governo norte-coreano afirmando que m míssil é de um novo tipo de artefato terra-ar que tem uma alcance de até 260 quilômetros.

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A Yonhap disse acreditar que o míssil é uma versão melhorada do SA-5, que a Coreia do Norte usou pela primeira vez em 1963 e lançou em regiões do leste e oeste do país. O SA-5 foi originalmente produzido pela União Soviética. O lançamento foi feito horas depois de Pyongyang prometer adotar mais medidas de "autodefesa" se a Organização das Nações Unidas (ONU) decidir punir o regime comunista com mais sanções. "Se o Conselho de Segurança da ONU nos provocar, nossas medidas adicionais de autodefesa serão inevitáveis", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país, num comunicado transmitido pelos meios de comunicação oficiais.

 

Os membros do Conselho estão tentando fechar um acordo sobre novas sanções contra Pyongyang depois de o governo norte-coreano ter assombrado o mundo com a realização de seu segundo teste nuclear, na última segunda-feira. "Quaisquer atos hostis do Conselho de Segurança serão equivalentes à demolição do armistício", disse o Ministério, numa referência ao cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953).

 

"O mundo logo testemunhará como nosso Exército e nosso povo se levanta contra a opressão e o despotismo do Conselho de Segurança das Nações Unidas e preserva sua dignidade e independência", acrescenta o comunicado. O texto não dá detalhes sobre quais medidas seriam adotadas, mas reitera que o teste nuclear de segunda-feira foi uma "medida de autodefesa".

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