Coreia do Norte não tem casos de coronavírus e intriga o mundo

Regime diz que medidas de confinamento e fechamento de fronteiras impediram a entrada do vírus; OMS confirmou que país não tem casos

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

PYONGYANG  - O regime da Coreia do Norte voltou a afirmar no domingo, 12, que não há nenhum caso confirmado da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no país. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que não havia casos confirmados do novo coronavírus na Coreia do Norte.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, sem máscara, ao lado de um general Foto: EFE/EPA/KCNA

PUBLICIDADE

Segundo a OMS, centenas de pessoas testaram positivo para o novo coronavírus. Porém, já não há mais vestígios da covid-19 no país comandado por Kim Jong-un.

A pandemia já atingiu 180 países. O mundo tem mais de 1,8 milhão de casos confirmados e 113 mil mortes, segundo dados Universidade Johns Hopkins.

Em janeiro, logo após o vírus ser detectado, o país se isolou ainda mais do mundo ao anunciar que estava fechando as fronteiras com a China e adotando medidas rígidas de confinamentos aos seus cidadãos.

“Adotamos medidas preventivas e científicas como inspeções e quarentenas para todas as pessoas que chegavam ao país, desinfetamos os produtos, fechamos as fronteiras e bloqueamos todas as rotas marítimas e aéreas”, afirmou Pak Myong-su, diretor do Departamento de Epidemias da Coreia do Norte.

Por ser um regime autoritário sem a garantia da liberdade de expressão e de imprensa, é difícil saber o que ocorre dentro do país. 

Publicidade

O comandante militar americano na Coreia do Sul, general Robert Abrams, declarou no mês passado que tinha “praticamente certeza” de que a Coreia do Norte registrava casos do vírus, apesar das negativas de Pyongyang. Especialistas também questionam as informações divulgadas pelo regime.

Na vizinha do Sul, o vírus atingiu 9.976 pessoas e matou 169 delas, apesar dos esforços do governo em combater a epidemia e testar em massa a população.

Enquanto a doença ainda se alastrava dentro da China, em fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou que enviou à Coreia do Norte cerca de 1.500 kits de diagnóstico, após um pedido de Pyongyang dado “o risco existente da covid-19”.

Já a OMS pretende destinar US$ 900 mil ao país para ajudar na resposta ao vírus.

Especialistas afirmaram temer que uma epidemia da covid-19 no país possa causar grandes danos à população, que vive em situação de extrema pobreza. O próprio ditador Kim Jong-un advertiu no mês passado para “graves consequências” se o vírus entrasse no país./AFP e REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.