09 de maio de 2015 | 11h24
Especialistas em Seul disseram que a demonstração militar do regime de Pyongyang e a retórica hostil são tentativas de arrancar concessões dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. Recentemente, os países realizaram conversas com a Coreia do Norte sobre seu compromisso de desnuclearização do país.
Pelo segundo dia consecutivo, a Coreia do Norte afirmou que vai disparar contra navios de guerra sul-coreanos que, segundo o governo, violarem seu território, em águas da costa oeste da Península Coreana. As autoridades de Seul convocaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional para rever a ameaça e estudar possíveis medidas.
Ao elevar as tensões, a Coreia do Norte está tentando garantir sua liderança nas conversações com os EUA e com a Coreia do Sul no futuro, disse Yang Moo-jin, professor da Universidade de Seul.
Autoridades sul-coreanas já haviam dito que o Norte estava desenvolvendo tecnologia para o lançamento de mísseis balísticos subaquáticos, embora se acreditava anteriormente que os testes vinham sendo conduzidos em plataformas construídas em terra ou no mar e não a partir de submarinos.
Especialistas em segurança dizem que a capacidade de lançar mísseis a partir de submarinos é um progresso alarmante, pois as armas disparadas a partir de embarcações submersas são mais difíceis de detectar em comparação com lançamentos terrestres.
A Coreia do Norte já tem um arsenal considerável de mísseis balísticos terrestres e possivelmente está avançando no desenvolvimento de ogivas nucleares para a criação destes mísseis, de acordo com oficiais do governo sul-coreanos.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, conduziu pessoalmente o teste do míssil e considerou "uma arma estratégica a nível global", segundo a agência de notícias norte-coreana (KCNA). A agência não revelou o momento ou o local do lançamento.
Kim declarou que o país tem agora uma arma capaz de "exterminar quaisquer forças hostis em águas que violam a soberania e dignidade da nação". / Associated Press
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