
23 de novembro de 2017 | 11h12
SEUL - A Coreia do Norte parece ter substituído seus guardas de fronteira após a deserção para a Coreia do Sul - através da Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla em inglês) - de um soldado que sobreviveu aos tiros disparados por seus companheiros, segundo informou uma fonte do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreana à agência "Yonhap".
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"Diante desta situação, os comandantes e oficiais de alta patente responsáveis pelas unidades militares correspondentes (a cargo da segurança fronteiriça) poderiam ter sido punidos", acrescentou a Inteligência sul-coreana.
A mudança de pessoal seria uma resposta ao fracasso dos esquemas existentes para evitar a deserção do militar, da mesma forma que o aparente fechamento da chamada "Ponte das 72 horas", que o soldado atravessou dirigindo um veículo 4x4.
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Segundo o vídeo de câmeras de vigilância divulgado ontem pelo Comando das Nações Unidas, que controla a faixa sul da zona desmilitarizada que divide os dois países, o desertor tentou atravessar para a Coreia do Sul a bordo do veículo.
No entanto, este ficou preso a poucos metros da linha de demarcação militar que divide em duas a JSA e o homem teve que atravessá-la correndo, enquanto quatro soldados norte-coreanos atiravam nele à queima-roupa.
DESERÇÃO
Um soldado norte-coreano recebeu seis impactos de bala em uma dramática fuga para a Coreia do Sul na última terça-feira. O Comando das Nações Unidas (UNC) dirigido pelos Estados Unidos, que monitora o povoado de fronteira de Panmunjom, revelou que o soldado desceu de um veículo nas imediações da zona demarcada que separa as duas Coreias e correu em direção ao Sul.
Fontes médicas e militares disseram que o homem foi levado com vida a um hospital. / EFE
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