Coreia do Norte volta a desafiar o mundo e dispara 2 mísseis

Pyongyang testa dois projéteis um dia após promover o segundo ensaio atômico do regime norte-coreano

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Atualização:

A Coreia do Norte manteve o desafio contra a comunidade internacional e disparou nesta terça-feira, 26, dois mísseis de curto alcance, poucas horas depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou, por unanimidade, seu teste nuclear, de acordo com notícias divulgadas pela Coreia do Sul.

 

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A agência de notícias estatal sul-coreana Yonhap disse que a Coreia do Norte lançou os dois mísseis de curto alcance de uma base na costa leste do país. Foram lançados um míssil terra-ar e um míssil terra-mar na costa leste do país, próximo à cidade de Hamhung, disse à agência uma fonte do governo sul-coreano. Na véspera, também foram disparados três mísseis no local onde foi realizado o teste nuclear. "As autoridades de inteligência estão analisando os motivos para o disparo", disse a fonte citada pela Yonhap. Cada míssil tem um alcance de 130 km, acrescentou. Os militares da Coreia do Sul não quiseram comentar o que eles disseram ser assuntos de inteligência.

 

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Segundo a BBC, o lançamento ocorre em um momento em que diplomatas das Nações Unidas começam a formular uma resolução para punir a Coreia do Norte pelo teste nuclear subterrâneo na segunda-feira. Fontes da defesa sul-coreana consideram que a Coreia do Norte tem no total cerca de 800 mísseis, entre eles alguns de longo alcance Taepodong, como o que lançou em 2006.

 

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O Conselho de Segurança da ONU, em uma reunião convocada pelo Japão, condenou o teste como uma clara violação da resolução aprovada em 2006, depois que Pyongyang realizou seu primeiro ensaio nuclear. Em uma nota, o Conselho de Segurança disse que seus membros decidiram trabalhar imediatamente em uma resolução.

 

Mais cedo, a Coreia do Norte declarou em nota divulgada pela agência de notícias estatal KCNA, que está claro que a "política de hostilidade" dos Estados Unidos para com o país não mudou. O país assegurou que seu Exército e seu povo estão preparados para uma batalha contra qualquer tentativa de "ataque preventivo" dos Estados Unidos, informou a agência estatal norte-coreana "KCNA". Além disso, o regime norte-coreano acusou o atual Executivo americano de seguir "os mesmos passos" de presidente George W. Bush, de "uma política militar arrasadora" contra seu país.

 

A explosão de segunda-feira foi muito mais potente que a realizada em 9 de outubro de 2006. Ao mesmo tempo em que acentua o isolamento do mais fechado país do mundo, o anúncio do teste nuclear amplia o cacife do ditador Kim Jong-il. O primeiro teste nuclear de Pyongyang teve impacto inferior a 1 quiloton, o que indica uma dramática elevação do poderio nuclear norte-coreano - 1 quiloton tem potência equivalente a 1 mil toneladas de dinamite.

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Texto atualizado às 7h30.

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