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Coreia do Sul alerta ONU sobre armamento em navio detido no Panamá

Seul pediu 'procedimentos necessários no comitê de sanções do Conselho de Segurança'

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Por Redação
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SEUL - O governo da Coreia do Sul pediu nesta quarta-feira, 17, que o Conselho de Segurança da ONU intervenha "com rapidez" caso haja confirmação de que o navio detido no Panamá transportava mísseis para a Coreia do Norte. As autoridades sul-coreanas "esperam que os procedimentos necessários no comitê de sanções do Conselho de Segurança sejam aplicados com rapidez", disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

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A embarcação foi interceptada no Canal do Panamá e carregava "armas de defesa obsoletas" que foram construídas na metade do século 20, escondidas em meio a 10 mil toneladas de açúcar. As armas seriam consertadas na Coreia do Norte e voltariam para Cuba, disse o ministro de Relações Exteriores cubano.

As resoluções do Conselho de Segurança, que condenam os recentes testes nucleares e de mísseis norte-coreanos, proíbem expressamente o país se envolver em atividades relacionadas com o comércio de armas.

Seul evitou fazer mais declarações sobre os fatos e se limitou a indicar que a investigação continua sendo realizada no Panamá. Havana ressaltou que o navio transportava 240 toneladas métricas de armamento defensivo, que, por serem pertencentes a Cuba, "deveriam ser reparado e devolvido" à ilha.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, o armamento consiste em "dois complexos coheteriles antiaéreos Volga e Pechora, nove foguetes em partes e peças, dois aviões Mig-21 Bis e 15 motores deste tipo de avião, todos com datas de fabricação em meados do século passado, para ser reparado e devolvido a nosso país."

Uma investigação continua sendo realizada no Panamá, segundo o governo do país, e poderá levar entre oito e dez dias para ser concluída. O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, que anunciou a apreensão da embarcação, disse que os 35 tripulantes foram presos pois se recusaram a obedecer a ordem de levar o navio até o Porto de Manzanillo./ EFE

 

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