Coreia do Sul concede indulto a quase 2,5 mil pessoas

Perdão faz parte das comemorações do 65º aniversário do fim da ocupação japonesa

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Perdão.

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Ministro da Justiça sul-coreano, Lee Kwi-nam, anunciou o perdão especial para fomentar a unidade social e reduzir as tensões no país

 

SEUL - O governo sul-coreano anunciou nesta sexta-feira, 13, o indulto a 2.493 pessoas, entre eles políticos e empresários condenados por corrupção, durante o aniversário da independência da Coreia do Sul da colonização japonesa. Segundo o Ministério da Justiça, o indulto do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, será efetivo a partir do próximo domingo, 15 de agosto, quando será comemorado o 65º aniversário do fim da ocupação japonesa (1910-1945). A maioria dos indultados (2.375) são pessoas condenadas por infrações da lei eleitoral nas eleições locais de 2006 e nas presidenciais de 2007, enquanto 91 cumpriam penas por violações do código penal e outros 27 são imigrantes estrangeiros e reclusos com penas brandas. O Ministério da Justiça explicou que, no caso dos políticos indultados, o objetivo é fomentar a "unidade social" e diminuir as tensões no país asiático. Na lista de beneficiados está Roh Geon-pyeong, irmão do ex-presidente Roh Moo-hyun (2003-2008), condenado a dois anos e seis meses de prisão e a pagar uma multa de 300 milhões de wons (196 mil euros), por aceitar um suborno em 2006 em troca de um favor empresarial. Também estão Suh Chung-won, ex-deputado governamental, e Kim One-ki, ex-presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) do partido da oposição, condenados por financiamento ilegal. Líderes empresariais condenados por corrupção, como Lee Hak-soo, ex-vice-presidente da Samsung Electronics, e Kim Jun-ki, presidente do Grupo Dongbui, cuja pena de prisão foi trocada por 200 horas de serviços à comunidade, são outros nomes na lista. A porta-voz do presidente Lee, Kim Hee-jung, indicou que este perdão pretende fazer com que estes empresários participem da economia sul-coreana e criem emprego e oportunidades para o país superar a crise. Este tipo de indulto presidencial especial é habitual na Coreia do Sul, que o concede por ocasião da celebração do ano novo ou no dia da independência do país.

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