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Coréia do Sul critica Japão em caso de escravas sexuais

Erros do passado devem ser resolvidos pela geração atual, diz ministro sul-coreano

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Relações Exteriores da Coréia do Sul, Song Min-soon, alertou neste sábado para as possíveis conseqüências da percepção histórica do Japão sobre as relações bilaterais, durante uma reunião com seu o chanceler japonês, Taro Aso. Song disse que a visão histórica do Japão, numa aparente referência à discussão sobre as escravas sexuais da Segunda Guerra Mundial, dificulta o avanço nas relações bilaterais, segundo informou a agência sul-coreana "Yonhap". "Devido à sua percepção da história, é difícil avançar nas relações bilaterais", disse Song a Aso no início de sua reunião de dois dias na ilha sul-coreana de Jeju. "O ambiente não é bom", acrescentou o ministro sul-coreano. Para ele, os erros cometidos no passado devem ser resolvidos pela geração atual. Os dois ministros estão reunidos para discutir, entre outros assuntos, a desnuclearização norte-coreana. Mas o pano de fundo é o conflito sobre as escravas sexuais do Exército imperial japonês antes e depois da Segunda Guerra Mundial. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, nega a relação do Governo da época com os bordéis militares. Acredita-se que 200 mil mulheres, em sua maioria coreanas e chinesas, foram escravizadas em bordéis militares japoneses. No dia 1 de março, Shinzo Abe criou uma polêmica internacional ao afirmar que "não há provas" de que as mulheres fossem forçadas a se prostituir. Ele até agora não retirou a declaração, apesar de nesta semana ter pedido "desculpas como primeiro-ministro". O Governo japonês concluiu além disso que não há provas de um vínculo direto entre as autoridades japonesas e o uso de escravas sexuais asiáticas no século passado.

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