Coreia do Sul diz que ciberataques partiram de 16 países

Ausência na lista aumenta a suspeita de que a ordem para os ataques tenha sido da Coreia do Norte

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Atualização:

A onda de ataques cibernéticos que vêm causando lentidão em websites da Coreia do Sul e dos Estados Unidos foram originados em 16 países diferentes, segundo informações fornecidas pelos serviços de inteligência sul-coreanos (NIS, na sigla original) passadas aos deputados do país e com a possível contribuição de seu vizinho do Norte.

 

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Os parlamentares disseram ainda que foram descobertos 86 protocolos IP - equivalente a um endereço físico ou um número de telefone -, de provedores de internet, a partir dos quais foram lançados os ataques. Eles estão instalados em países como EUA, Itália, Guatemala e Coreia do Sul. A ausência de registro de computadores na Coreia do Norte aumenta a suspeita de que as investidas cibernéticas tenham sido planejadas por esse país, ou por grupos simpatizantes a ela.

 

Segundo comunicado do NIS, divulgado nesta sexta-feira, 10, foram utilizados 12 mil PCs domésticos na Coreia do Sul e outros 8 mil, espalhados pelos demais países para lançar as invasões. "Não foi um simples ataque feito por pessoas comuns. A ofensiva parece ser elaborada por uma organização bem montada ou por um Estado", completa o NIS.

 

Nos Estados Unidos, o site do Departamento de Estado foi novamente objeto de uma invasão, no fim da noite da quinta-feira, 9 - o quarto dia consecutivo. A onda de ataques cibernéticos tem se caracterizado pela paralisação de alguns sites, saturando as conexões a partir da utilização não autorizada de um grande número de computadores pessoais.

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Os últimos indícios, que chegam depois que na quarta-feira Seul divulgou sua suspeita de que os ataques foram obra de Pyongyang, são baseadas em declarações recentes do regime comunista. A Coreia do Norte advertiu no mês passado sobre uma guerra cibernética, na qual muitos de seus alvos seriam sites "conservadores". Em 27 de junho, a Coreia do Norte anunciou que o regime do ditador Kim Jong-il estava "totalmente preparado para qualquer forma de guerra de alta tecnologia".

 

Texto atualizado às 8h20.

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