Coreia do Sul diz que revidará caso Norte ataque

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Por JACK KIM E LOUIS CHARBONNEAU
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O Exército da Coreia do Sul disse que vai atacar a Coreia do Norte e mirar suas principais lideranças, se o governo norte-coreano lançar um ataque, como ameaçou fazer em resposta ao que diz ser exercícios militares "hostis" entre forças norte-americanas e sul-coreanas. Um dos principais generais da Coreia do Norte, em uma rara aparição na televisão estatal na terça-feira, disse que o governo havia tornado sem efeito seu acordo de armistício com Washington e ameaçou uma ação militar contra os EUA e a Coreia do Sul se os treinos continuassem. Os exercícios militares começaram em 1o de março. As tensões têm crescido em toda a península coreana desde que o Norte, sob a liderança do jovem Kim Jong-un, que assumiu o cargo há pouco mais de um ano depois da morte de seu pai, lançou um foguete de longo alcance em dezembro passado. Após isto, o país realizou um terceiro teste nuclear em 12 de fevereiro, provocando a perspectiva de mais sanções da ONU, que devem ser anunciadas formalmente na quinta-feira depois de Estados Unidos e China, único grande aliado diplomático do Norte, fecharem um acordo para punir Pyongyang. Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte intensificou suas ameaças militares contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, provocando uma concisa advertência de Seul, na quarta-feira, de que não iria ficar de braços cruzados, caso seu território fosse atacado. "Temos todos os preparativos prontos para um castigo forte e decisivo, não só contra a fonte da agressão e as suas forças de apoio, mas também o elemento de comando", afirmou o major-general do Exército sul-coreano, Kim Yong-hyun, em uma entrevista coletiva em uma das mais clara ameaças que Seul fez. A retórica belicosa da Coreia do Norte raramente vai além disso, apesar de em 2010 ter afundado um navio da Marinha sul-coreana, matando 46 marinheiros, além de bombardear uma ilha sul-coreana, matando civis, no mesmo ano. A nova presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, comprometeu-se a se envolver com o Norte se este abandonar seus planos nucleares, mas agora enfrenta a perspectiva de um desafio hostil no início de seu mandato de 5 anos. (Reportagem adicional de Michelle Nichols, na ONU, e Sui-Lee Wee, em Pequim)

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