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Coréia do Sul e Japão discordam sobre resposta a testes norte-coreanos

Para Seul, negociações devem se basear no diálogo; já Tóquio diz que a pressão internacional é a melhor maneira de evitar novos testes

Por Agencia Estado
Atualização:

O Japão e a Coréia do Sul discordaram nesta terça-feira sobre como responder aos testes de mísseis da Coréia do Norte, ocorridos no mês passado. Seul acredita que a conversa é a solução; já Tóquio crê que apenas a pressão internacional pode fazer com que o país comunista evite futuros testes, informou o Ministério do Exterior japonês. "A Coréia do Sul acredita que o enfoque (para acabar com a crise nuclear) deve ser o diálogo", disse o ministro do exterior sul-coreano, Ban Ki-moon. "O mais importante agora é não deixar a situação ficar pior", afirmou o oficial do Ministério do Exterior de Seul, Shigeo Yamada. O ministro do exterior japonês, Aso Taro, disse, por sua vez, que Tóquio não pretende encerrar todos os diálogos com Pyongyang, mas que não haverá progresso algum sem pressões. No início de julho, a comunidade internacional condenou veementemente a realização de testes com sete mísseis disparados pela Coréia do Norte. O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma resolução que denunciava os lançamentos e proibiu outros países de negociar mísseis com Pyongyang. O Japão pressionou por uma resolução baseada em ameaças militares, mas desistiu depois que a China, um dos poucos aliados da Coréia do Norte, ameaçou vetar a proposta de Tóquio. Segundo Pequim, o Japão estaria exagerando em relação a crise. O ministro do exterior sul-coreano disse ao seu colega japonês que a Coréia do Norte deve aceitar a medida da ONU, que também pede a Pyongyang para retomar as conversações sobre suas ambições nucleares. As negociações, que incluíam as duas Coréias, Japão, Estados Unidos, Rússia e China, estão estagnadas desde novembro de 2005.

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