SEUL - A Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira, 8 - Dia Internacional da Mulher -, que endurecerá as penas por abusos sexuais cometidos no local de trabalho, decisão tomada no auge do movimento #metoo (#eutambém) no país asiático, depois de muitas mulheres terem denunciado personalidades da cultura e da política em fevereiro.
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A ministra da Igualdade de Gênero e Família, Chung Hyun-back, anunciou em entrevista coletiva convocada em razão do Dia Internacional da Mulher o plano para aumentar a pena máxima por violação no ambiente de trabalho de 5 a 10 anos, assim como o prazo de prescrição do crime, dos 7 anos atuais para 10 anos.
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Para casos de assédio sexual, a punição máxima passará de 2 a 5 anos e o prazo de prescrição de 5 a 7 anos, segundo anunciou Chung.
A ministra também indicou que o governo encorajará o processo criminal de pessoas ou entidades que se escondam ou ignorem abertamente este tipo de crime e cancelará automaticamente qualquer subsídio para organizações privadas consideradas cúmplices.
A denúncia feita em janeiro por uma promotora contra um superior acusado de abusar dela há anos se tornou o primeiro grande impulso para o movimento #metoo na Coreia do Sul. Desde então, um número crescente de mulheres tem denunciado abusos e violações no setor privado e no universo da cultura e do entretenimento.
Foram acusadas figuras como o poeta Ko Un, considerado um dos favoritos nas apostas para ganhar o prêmio Nobel de Literatura, o diretor Kim Ki-duk e o ator Cho Jae-hyun.
Entre as últimas figuras públicas denunciadas está An Hee-jung, um dos políticos mais populares da Coreia do Sul e considerado um futuro candidato à presidência.
Ele renunciou na terça-feira como governador da Província de Chungcheong do Sul depois que uma assessora disse que ele a violentou em quatro ocasiões. An admitiu a acusação e a promotoria anunciou que investigará o caso. / EFE