26 de abril de 2010 | 16h21
O governo não culpou diretamente a Coreia do Norte pelo desastre, um dos piores da Coreia do Sul, mas as suspeitas recaem sobre o regime comunista, dado o histórico de provocações e ataques do rival. Pyongyang negou envolvimento no incidente, mas, na semana passada, o ativista de Seul, Choi Sung-yong, disse que um oficial militar da Coreia do Norte, com quem ele conversou por telefone, disse que a medida foi um ataque de retaliação por causa de um conflito ocorrido em novembro.
Ontem, o ministro de Defesa, Kim Tae-young, disse que um torpedo foi a mais provável causa do afundamento da embarcação. Investigadores que examinaram os escombros do navio anunciaram, separadamente que uma explosão próxima e externa provavelmente afundou o navio de 1.200 toneladas. "O "efeito bolha a jato" de um torpedo - a bolha de rápida expansão que um torpedo sob a água pode criar e sua consequente coluna destrutiva de água - é a causa mais provável do afundamento do navio, disse Kim aos jornalistas. Ele não fez especulações sobre o que estaria por trás do ataque e disse que ainda era muito cedo para determinar a causa exata.
O Cheonan fazia uma patrulha de rotina quando afundou no Mar Amarelo, não muito longe do local onde os exércitos das duas Coreias se enfrentaram três vezes desde 1999, sendo a mais recente em novembro. Os dois lados continuam, tecnicamente, em guerra porque o conflito ocorrido entre 1950 e 1953 acabou com uma trégua, não com um tratado de paz.
Cinquenta e oito marinheiros foram resgatados. Quarenta corpos foram recuperados e os seis desaparecidos foram considerados mortos, disseram oficiais. Desde domingo, quando a Coreia do Sul iniciou os cinco dias de luto, pelo menos 9.600 pessoas visitaram o altar no centro de Seul, desde veteranos vestidos com uniformes com medalhas a mães explicando a seus filhos que os "tios" morreram protegendo o país.
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