Coreia do Sul intensifica investigações sobre naufrágio

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Por Edgar Maciel
Atualização:

Os promotores da Coreia do Sul decidiram intensificar as investigações sobre a tragédia da balsa naufragada no último dia 15 que deixou mais de 300 pessoas mortas ou desaparecidas. As autoridades proibiram os funcionários da Chonghaejin Marine, responsável pela operação do ferry, a deixar o país.Os investigadores foram até os escritórios da empresa e das afiliadas em busca de documentos e pistas sobre as condições de segurança da estrutura. Um dos principais focos das investigações é sobre a navegabilidade da balsa e a possibilidade de ela estar sobrecarregada durante o incidente.Ontem, um partido de oposição sul-coreano divulgou dados do Registro Coreano de Navegação, que mostra que a balsa estava transportando 3,6 mil toneladas de carga, três vezes acima do máximo recomendado. A promotoria também averigua se a estrutura cumpria todas as exigências de segurança para a operação, já que as leis para o setor foram reformuladas no ano passado. Entre as novas medidas, estava a instalação de cabines adicionais para passageiros, e uma elevação do peso da embarcação em quase 240 toneladas.O governo da Coreia do Sul afirma que as inspeções na balsa foram realizadas "de acordo os regulamentos" e cumprindo todas os requisitos de segurança. No entanto, as autoridades não têm certeza se o proprietário do navio fez as alterações adicionais exigidas na última vistoria.O capitão da balsa, Lee Joon-seok, de 69 anos, e outros tripulantes foram detidos sob suspeita de negligência. Além disso, a família proprietária da embarcação está sendo investigada por possíveis irregularidades financeiras.A operação de busca continuou nesta quarta-feira e o número oficial de mortos subiu para 146 vítimas. Outras 156 pessoas seguem desaparecidas. Os novos corpos foram localizados no convés do navio. Os mergulhadores planejam utilizar novos equipamentos amanhã, incluindo um robô submarino. Com informações da Dow Jones Newswires.

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