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Coréia do Sul propõe reforçar aliança com EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente sul-coreano Roh Moo-hyun propôs nesta terça-feira uma aliança mais forte com os EUA, um dia depois de a Coréia do Norte haver testado um míssil, que caiu no mar. Ao mesmo tempo, a Coréia do Norte advertiu que pode ocorrer "uma situação catastrófica" se os EUA optarem por uma solução militar e se negarem a manter conversações diretas com Pyongyang para resolver a crise nuclear entre os dois países. Se os EUA continuarem "intensificando suas pressões para colocar nosso país de joelhos", acrescentou Pyongyang, "um conflito será inevitável". Em discurso na Academia Militar Coreana, Roh disse que "a enérgica rede defensiva combinada coreano-americana está contribuindo para nossa segurança nacional". "A sólida aliança com os EUA deve manter-se ainda mais sólida", acrescentou. Na semana passada, o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, disse que as forças americanas estacionadas perto da Zona Desmilitarizada entre as duas Coréias poderiam ser retiradas, transferidas para outros países ou levadas de volta para os EUA. Roh exortou os sul-coreanos a não se preocuparem com esses planos que, segundo ele, "não são nada novo". Acrescentou que os dois aliados fariam consultas mútuas a respeito. O presidente sul-coreano também reiterou a importância de resolver a disputa nuclear através do diálogo. "Sem paz, tudo o que fazemos será como construir um castelo sobre a areia", disse Roh. "Não podemos sonhar com a prosperidade em um clima de Guerra Fria e tensões". Pyongyang insiste que deseja conversar diretamente com os EUA. Ainda hoje, a agência oficial norte-coreana Rodong Sinmun ressaltou que "continua sendo possível uma solução se a Coréia do Norte e os EUA sentarem frente a frente para uma discussão sincera". Mas Washington prefere tratar a disputa de forma multilateral, alegando que o programa nuclear norte-coreano ameaça não só os interesses americanos como também os da Rússia, China, Japão e Coréia do Sul. "Se os EUA optarem por uma solução militar, rejeitando insistentemente a proposta de conversações diretas, (isto) resultará em uma situação catastrófica", advertiu hoje a Rodong Sinmun, em um comentário. Enquanto prossegue a disputa, o Norte toma medidas aparentemente destinadas a elevar as tensões e pressionar Washington a negociar.

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