
20 de dezembro de 2010 | 03h52
A Coreia do Sul realizou nesta segunda-feira suas simulações militares perto da tensa fronteira no Mar Amarelo (Mar Ocidental), bem em frente à ilha de Yeonpyeong, que foi atacada no mês passado pela Coreia do Norte, segundo a agência sul-coreana Yonhap.
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O regime norte-coreano ameaçou retaliar os sul-coreanos se os exercícios fossem realizados. No entanto, não há sinais imediatos de retaliação. A simulação teve duração de uma hora e meia.
No dia 23 de novembro, Seul havia feito outras simulações, que foram respondidas com um ataque de Pyongyang.
As manobras militares sul-coreanas, de um dia de duração, foram criticadas por China e Rússia por considerar que aumentam o risco de um confronto na península coreana, enquanto os Estados Unidos apoiaram seu aliado Seul.
Segundo disse à Yonhap um porta-voz da Junta de Chefes do Estado-Maior sul-coreano, não identificado, os exercícios começaram por volta das 14h30 hora local [3h30 de Brasília] e "não durariam muito".
As manobras se atrasaram durante várias horas por causa do nevoeiro, segundo assinalaram anteriormente fontes da Defesa.
De acordo com a agência local, participaram dos exercícios um destroier da classe Aegis, de 7.600 toneladas, e outro navio de guerra sul-coreano de 4.500 toneladas, além de caças de combate F-15K.
De acordo com o planejamento do exercício, os militares sul-coreanos iriam disparar rodadas de artilharia sobre as águas próximas à fronteira marítima com a Coreia do Norte, desde a ilha de Yeonpyeong.
Seul considera que tem legitimidade para realizar essas manobras "rotineiras" em suas águas territoriais, mas Pyongyang não reconhece a linha fronteiriça marítima, traçada no final da Guerra da Coreia em 1953, e afirma que se trata de seu território.
Antes de começarem as manobras, os militares sul-coreanos ordenaram no começo da manhã desta segunda-feira que os moradores em Yeonpyeong se deslocassem para refúgios antiaéreos.
Atulizada às 7h07 para acréscimo de informação
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