26 de junho de 2012 | 16h21
A seca aumenta as preocupações com a capacidade do governo norte-coreano de alimentar sua população. Dois terços dos 24 milhões de habitantes do país enfrentam escassez crônica de alimentos, informou a ONU recentemente, pedindo a doação US$ 198 milhões em ajuda humanitária para o país.
Mesmo nas províncias de Phyongan do Sul, Hwanghae do Norte e Hwanghae do Norte, as áreas de maior produção agrícola do país, milhares de hectares de plantações estão definhando apesar dos bons sistemas de irrigação, de acordo com autoridades locais.
A montanhosa Coreia do Norte, onde menos de 20% das terras são aráveis, depende de ajuda externa devido a uma série de desastres naturais e práticas agrícolas ultrapassadas que causaram uma grave carência de alimentos na década de 90.
Os fazendeiros também sofrem com a falta de combustíveis, tratores, sementes de qualidade e fertilizantes, de acordo com um relatório divulgado este mês pela ONU. Com frequência, a irrigação depende de estações bombeadoras movidas à eletricidade, em um país onde o fornecimento de energia é incerto, afirmou o documento.
Nesta terça-feira, a mídia estatal norte-coreana relatou temperaturas recordes na capital, Pyongyang, e em outras cidades no sudoeste.
A situação também é grave na Coreia do Sul, onde algumas áreas são atingidas pela seca depois de quase dois meses sem chuvas significativas, causando danos às plantações e uma perigosa queda no nível de água nos reservatórios do país.
As perdas de plantações e animais estão pressionando os preços dos produtos agrícolas para cima, relatou hoje o ministro das Finanças, Bahk Jae-wan, numa reunião da comissão criada para gerenciar a crise.
Quase 28 mil sul-coreanos, incluindo soldados e civis, foram mobilizados para regar plantações de arroz e outros produtos e mais de 13 mil bombas foram fornecidas para as áreas atingidas pelas secas, de acordo com o Ministério da Alimentação, Agricultura, Florestas e Pesca.
Apesar dos problemas, o departamento meteorológico sul-coreano prevê chuvas no país no próximo fim de semana. As informações são da Associated Press.
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