29 de outubro de 2010 | 23h51
Cortejo de Kirchner foi acompanhado por multidão em Rio Gallegos
O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner foi sepultado nesta sexta-feira no cemitério municipal de Rio Gallegos, na província de Santa Cruz, no sul do país. Como ocorreu durante o velório em Buenos Aires, uma multidão acompanhou o cortejo fúnebre pelas ruas da cidade.
Os simpatizantes de Kirchner ergueram bandeiras e faixas e aplaudiram a passagem do cortejo nos oito quilômetros, entre o aeroporto e o cemitério.
"Olé, olé, olé, olé, Lupo, Lupo!", cantavam, em referência ao apelido do ex-presidente em Rio Gallegos, onde nasceu e fez carreira política até chegar à presidência do país, em 2003. Kirchner foi presidente até 2007 e era o braço forte do governo da esposa e sucessora, a atual presidente Cristina Kirchner, cujo atual mandato termina em dezembro de 2011.
O enterro foi realizado após 26 horas de velório, na sede da presidência do país, a Casa Rosada, em Buenos Aires. A cerimônia do sepultamento foi acompanhada apenas por poucos familiares, entre eles a presidente, os filhos do casal, Maximo e Florência, ministros, parlamentares da base governista, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Volta ao trabalho
Em meio à intensa expectativa sobre como será o governo de Cristina, após a morte do marido, políticos da base governista disseram que ela deverá voltar a trabalhar na segunda-feira.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Agustín Rossi, do partido Frente para a Vitória (FPV), disse, na porta do cemitério, que a presidente está pronta para continuar governando. "O povo pode ficar tranqüilo. A presidente é forte, é uma estadista e tudo vai dar certo."
O sub-secretário de Imprensa da Presidência, Alfredo Scoccimarro, também afirmou que Cristina voltará a trabalhar na segunda-feira, após passar o fim de semana com os filhos em Santa Cruz, como informou a agência oficial de noticias Telam.
Já o ministro do Interior, Florencio Randazzo, afirmou que ela conta com "forte apoio dos governadores e dos prefeitos para continuar governando". Cristina não fez declarações a imprensa desde a morte do marido, na quarta-feira, quando ele sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Os dois estavam na casa que construíram na cidade de El Calafate, na Patagônia, onde ela deverá passar o fim de semana com os filhos antes de retornar à Casa Rosada.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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