17 de outubro de 2012 | 14h13
Um Boeing 747 fretado pelo governo chinês, aliado de Sihanouk durante a maior parte da vida do falecido monarca, providenciou o transporte do corpo de Pequim à capital cambojana. O corpo foi acompanhado pela rainha viúva, Monineath. Também estavam no avião o filho e sucessor de Sihanouk, o rei Sihamoni, e o primeiro-ministro do Camboja Hun Sen. O corpo foi levado do aeroporto ao Palácio em procissão. Durante três meses, o corpo fica exposto no Palácio, onde seus súditos poderão prestar as últimas homenagens. Após esse período o corpo do monarca será cremado, de acordo com o ritual budista.
A multidão, formada também por monges e soldados, estava vestida de branco, cor que na religião budista significa o luto. A polícia de Phnom Penh estima que 200 mil pessoas receberam o corpo de Sihanouk.
Apesar do papel polêmico de Sihanouk na história cambojana, a população parecia muito triste como a morte do rei, principalmente os mais velhos. "Eu precisava vir aqui, ver o corpo e rezar, porque o rei só morre uma vez, não duas", disse Khy Sokhan, uma mulher de 73 anos, que estava em uma cadeira de rodas perto do Palácio.
"Eu estou triste com a morte do rei, é claro, Mas também estou feliz porque deu para ganhar mais dinheiro", disse Mom Khak, um vendedor de incensos e velas de 23 anos. Ele disse que rezou na noite de ontem ao espírito do rei falecido para faturar mais nesta quarta-feira. Khak disse que conseguiu vender US$ 60 hoje, dez vezes mais do que consegue faturar em um dia comum.
As informações são da Associated Press.
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