30 de novembro de 2015 | 14h44
JERUSALÉM - Um tribunal de Jerusalém considerou culpados por assassinato dois menores de idade israelenses por sequestrarem e queimarem vivo em 2014 um adolescente palestino. O crime alimentou a escalada de violência antes da guerra de Gaza.
O pronunciamento sobre o terceiro acusado, de 31 anos, considerado o mentor e principal executor do crime, foi adiado, à espera de uma avaliação psiquiátrica.
O tribunal determinou que os três acusados sequestraram e assassinaram Mohamad Abu Jdeir em julho de 2014 em Jerusalém.
No entanto, os juízes não anunciaram a pena. Antes disso, eles pretendem se pronunciar em 20 de dezembro sobre o adulto acusado, Yosef Haim Ben David, após a avaliação psiquiátrica.
Os advogados do réu apresentaram há alguns dias um documento para alegar que ele não tem responsabilidade penalmente, o que explica a decisão inesperada.
Os juízes anunciarão as penas em 13 de janeiro no caso dos menores de idade, segundo o tribunal.
Yosef Haim Ben David, um judeu morador de uma colônia próxima a Jerusalém, explicou aos investigadores após sua detenção que eles pretendiam vingar o sequestro e o assassinato, três semanas antes, de três adolescentes israelenses por parte dos palestinos na Cisjordânia ocupada.
O assassinato de Mohammed Abu Khdeir aumentou a tensão entre palestinos e israelenses, o que resultou na guerra na Faixa de Gaza entre julho e agosto de 2014. /AFP
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