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Corte italiana absolve Amanda Knox da acusação de assassinato

Estudante americana estava presa na Itália desde 2007; de acordo com a CNN, ela deve voltar para EUA em breve

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Por Redação
Atualização:

Atualizado às 18h10

 

PERUGIA, ITÁLIA - O Tribunal de Apelação de Perugia, no centro da Itália, reverteu a decisão anterior e absolveu nesta segunda-feira, 3, a americana Amanda Knox. Ela era acusada do assassinato da colega de quarto, a britânica Meredith Kercher, em 2007.

 

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A Corte italiana, após uma última revisão no processo, que durou cerca de dez horas a portas fechadas, decidiu também pela absolvição de Raffaele Sollecito, o italiano que era namorado de Amanda na época do incidente.

 

Em 2009, Amanda, de 24 anos, e Sollecito, atualmente com 27 anos, foram condenados respectivamente a 26 e 25 anos de prisão pelo assassinato de Meredith, que tinha 21 anos na época. Segundo a promotoria, a morte da garota ocorreu durante um jogo sexual brutal que deu errado.

 

Prova inválida

 

A corte de apelação acatou o argumento da defesa, que considerou inválida a principal prova contra Amanda e Sollecito, uma mostra de DNA encontrada em uma faca de cozinha na cena do crime. O material não foi colhido segundo recomendações internacionais, sendo manipulado com uma sacola plástica, e não com o papel adequado.

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De acordo com a Justiça, não há fatos suficientes para condenar os dois. Apesar de ser solta, Amanda foi condenada por "difamação", segundo a rede de TV americana CNN.

 

Apoio

 

Cerca de uma dúzia de manifestantes em favor de Amanda Knox aplaudiram a decisão da Justiça italiana nesta segunda, segundo a AP. Membros de um grupo chamado "Amigos de Amanda", eles estavam reunidos em um hotel em Seattle, onde a garota nasceu, para acompanhar as notícias pela TV.

 

Grupo de apoio à garota americana comemoram decisão da Justiça italiana

 

Ainda segundo a AP, eles aguardaram pacientemente a tradução lenta do veredicto, a partir do italiano original. Quando souberam da decisão de libertar a garota, começaram a gritar "Ela está livre" e "Conseguimos".

 

Além de Amanda e Sollecito, uma terceira pessoa foi condenada pelo assassinato, em um julgamento separado. Rudy Guede, de 21 anos, foi condenado a 30 anos de prisão em 2008, mas após um recurso, a pena foi reduzida para 16 anos.

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