Corte militar jordaniana condena nove homens a morte

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, e outros oito militantes foram condenados a morte por uma corte militar jordaniana, nesta quarta-feira, por conspiração para o assassinato de milhares de pessoas. Os acusados pretendiam lançar uma nuvem de gases tóxicos sobre os alvos. Os cinco condenados no banco dos réus - os outros quatro estão foragidos - responderam as acusações declarando, por meio de gritos, seu apoio ao líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, e dizendo que os juízes eram tiranos pró-Israel. "Os judeus são seus mestres!", gritaram os homens no final da audiência. Os três juízes pegaram seus pertences e se retiraram, deixando os acusados gritando slogans que glorificavam seus líderes. "Abu-Musab, você é nosso xeque! Nós nos sacrificamos e derramamos nosso sangue para sua causa. A organização de Bin Laden está crescendo e nós retornaremos!" Além disso, eles se voltaram para um dos absolvidos, Syrian Mohammed Salmeh Shaaban, e o acusaram de ser um informante. "Seu sangue será derramado", disseram. A corte também sentenciou outros dois acusados de dois a três anos de prisão. Dois réus também foram absolvidos. Os condenados terão direito à apelação. Al-Zarqawi e três acusados, mesmo estando foragidos, receberem suas sentenças de morte. Esta é a terceira pena de morte que a corte jordaniana sentenciou Al-Zarqawi, que lidera o mais notório grupo insurgente iraquiano. De acordo com a promotoria, os 13 homens - jordanianos, sírios e palestinos - foram acusados por tentativa de ataque, com nuvens de gases tóxicos, a vários locais da Jordânia. Caso o plano funcionasse, milhares de pessoas morreriam. Segundo o processo, Al-Zarqawi mandou mais de US$118 mil para a aquisição de dois veículos que seriam usados nos ataques. Suicidas com bombas amarradas ao corpo dirigiriam os veículos, os carregariam com explosivos e agentes químicos, subiriam as escadas do Departamento Geral de Inteligência e se explodiriam. Além disso, os terroristas cogitaram vários outros alvos, como a embaixada dos EUA, o escritório do primeiro ministro e funcionários da corte militar. A acusação disse que quando investigadores fizeram um experimento com pequena quantia dos agentes químicos encontrados com os acusados, eles descobriram que a reação produziria ´uma explosão forte e uma nuvem venenosa que se espalharia sobre uma área de 500 quarteirões, matando milhares de pessoas´.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.