11 de agosto de 2010 | 22h57
O ex-cozinheiro e motorista de Osama Bin Laden foi condenado a 14 anos de prisão nesta quarta-feira por um tribunal na Baía de Guantánamo.
O sudanês Ibrahim al-Qosi admitiu acusações de conspiração e de fornecer apoio a atos terroristas.
Ele pode server menos tempo da sentença por causa de um acordo com a acusação, cujos detalhes devem permanecer secretos por algumas semanas.
Qosi admitiu trabalhar como segurança pessoal de Bin Laden e ajudá-lo a evitar a captura por forças americanas.
O Pentágono irá revisar a sentença.
Qosi, de 50 anos de idade, foi preso por soldados americanos em 2001 após deixar o refúgio da Al Qaeda nas montanhas de Tora Bora, no Afeganistão.
Durante o julgamento, ele admitiu comandar a cozinha de Bin Laden estando ciente de que a Al Qaeda era uma organização terrorista, segundo o correspondente da BBC em Washington Steve Kingstone.
A promotoria afirmou que Qosi havia insultado a inteligência do tribunal ao insistir ser um mero cozinheiro.
Ele tornou-se a quarta pessoa detida em Guantánamo a ser condenada, a primeira desde que Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos.
O centro já abrigou mais de 800 supostos militantes, dos quais cerca de 180 ainda estão detidos no local.
Obama prometeu fechar o controverso centro até janeiro deste ano mas um desentendimento com o Congresso sobre para onde transferir os detidos adiou o plano.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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