Cresce apoio para força de manutenção de paz da ONU no Mali

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Países africanos e ocidentais manifestaram nesta terça-feira apoio à mobilização de uma força de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) que substitua o contingente africano que combate militantes islâmicos no Mali. A França interveio militarmente no mês passado em sua ex-colônia para conter o avanço rumo à capital Bamako de combatentes ligados à Al Qaeda. O objetivo inicial francês era bloquear esse avanço até que uma força africana autorizada pela ONU pudesse se instalar, mas o rápido progresso das forças francesas e malinesas contra os rebeldes em cidades do norte do Mali levou alguns países a cogitar a mobilização, imediata ou em médio prazo, de uma força de paz da ONU. "Há apoio partilhado pela União Africana, pela França, pelos Estados Unidos, pela CEDEAO (bloco regional da África Ocidental), todos atores importantes, para avançarmos gradualmente rumo a uma operação de paz sob controle da ONU, mas em médio prazo", disse o ministro francês do Desenvolvimento, Pascal Canfin, a jornalistas durante uma reunião internacional sobre o Mali em Bruxelas. Segundo ele, o primeiro passo seria a implantação da força africana no Mali, conforme o planejado. Só depois esse contingente poderia ser transformado em uma força de paz da ONU. Diplomatas em Nova York disseram na semana passada que o Conselho de Segurança da ONU deve começar em breve a discutir a criação de uma força de paz no Mali. Delegações de cerca de 45 governos e organizações internacionais se reuniram em Bruxelas para discutir formas de reforçar os ganhos militares contra rebeldes islâmicos no norte do Mali, apoiando a democracia, o desenvolvimento econômico e os direitos humanos num dos países mais pobres do mundo. (Reportagem de Adrian Croft e Justyna Pawlak)

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