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Cresce número de mortos em ataques de separatistas na Índia

Até este sábado, 29 pessoas morreram; último tumulto ocorreu em Ghuramora

Por Agencia Estado
Atualização:

Doze pessoas foram assassinadas neste sábado em Assam, no nordeste da Índia, por supostos guerrilheiros da Frente para a Libertação de Assam (Ulfa), elevando para 29 o número de mortos desde sexta-feira em ataques do grupo independentista, segundo a agência de notícias PTI. O último ataque ocorreu no remoto povado de Ghuramora, no distrito de Tinsukia, quando um grupo de militantes armados disparou contra trabalhadores imigrantes de outros estados da Índia, segundo a Polícia. Na sexta-feira à noite, outras 17 pessoas morreram, em sua maioria também trabalhadores procedentes de outras regiões indianas, em diferentes ataques de supostos comandos da Ulfa nos distritos de Dibrugarh e Tinsukia. O superintendente da Polícia de Tinsukia, P.K. Bhuyan, explicou que já reforçou a segurança no povoado, localizado em uma área remota aonde se chega percorrendo cerca de vinte quilômetros a pé, o que dificultará os trabalhos de busca dos responsáveis. O grupo separatista Ulfa defendeu recentemente a "expulsão" das comunidades procedentes de fora de Assam, alegando que elas estabeleceram suas próprias "mini-regiões" dentro do estado. Segundo uma enquete recente, 95% dos habitantes de nove distritos de Assam rejeitam a reivindicação de soberania para o estado. A organização, que pegou em armas em 1979, é o principal grupo separatista das 25 organizações armadas que atuam em sete estados do nordeste da Índia, cujo objetivo é conseguir a independência ou uma ampla autonomia para seus territórios.

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