Cresce o número de mortos e feridos em Marrocos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O último balanço de vítimas dos quatro atentados com bomba em Casablanca, no Marrocos, divulgado hoje pelo governo local indica a morte de 41 pessoas (incluindo dez homens-bomba) e ferimentos em cerca de cem, dos quais mais de 40 continuam hospitalizados. Os ataques foram desfechados quase simultaneamente por volta das 21 horas de sexta-feira contra o clube Casa da Espanha, um centro comunitário judaico, uma área onde fica o Consulado da Bélgica e a entrada principal do Hotel Safir. Autoridades haviam dito que nos três primeiros foram usados carros-bomba, mas a informação foi negada hoje. Embora os alvos fossem entidades ocidentais ou não árabes, apenas 6 mortos eram estrangeiros: dois espanhóis, dois franceses e dois italianos. A polícia prendeu três pessoas, incluindo um atacante suicida gravemente ferido. O maior número de vítimas foi na Casa de Espanha, onde várias pessoas jantavam e participavam de um bingo. Pelo menos 20 pessoas morreram. "Tinham acabado de servir paella e começavam a cantar os números do bingo", contou o técnico Mohammed Zerrouki que estava com amigos. Perigo de novos atentados Até hoje nenhum grupo terrorista havia assumido a autoria do atentado - o primeiro no Marrocos em nove anos -, mas autoridades locais e governos ocidentais suspeitam da organização terrorista Al-Qaeda, liderada pelo saudita Osama bin Laden. Na segunda-feira, uma série de atentados suicidas matou 34 pessoas e feriu quase 200 em Riad, capital da Arábia Saudita - em outra ação com a marca da Al-Qaeda. Antes desses ataques, os governos americano e britânico haviam advertido seus cidadãos sobre a possibilidade de ataques da Al-Qaeda no Leste da África, Sudeste Asiático e novamente na Arábia Saudita. Na sexta-feira, um homem que se identificou como membro da Al-Qaeda disse em e-mail enviado à revista árabe Al-Majalla, editada em Londres, que os próximos ataques "serão surpreendentes e espetaculares para os americanos e israelenses" Em Washington, em seu pronunciamento semanal de rádio, o presidente dos EUA, George W. Bush, preparou hoje os americanos para uma guerra prolongada ao terror e a possibilidade de novos ataques da Al-Qaeda. Bush disse que a Al-Qaeda está enfraquecida, mas não paralisada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.