PUBLICIDADE

Crianças são metade dos refugiados do mundo, diz Acnur

Estudo chamado 'Tendências Globais' aponta para um número recorde de pedidos de asilo entre os países industrializados, chegando a 2 milhões

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As crianças constituem a metade dos refugiados no mundo, segundo dados das Nações Unidas. Somente em 2015, cerca de 98,4 mil menores desacompanhados ou separados de suas famílias pediram refúgio. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira, 20, no relatório “Tendências Globais” da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

Lançado no Dia Mundial do Refugiado, estudo aponta para um número recorde de solicitações de asilo entre os países industrializados, chegando a 2 milhões. Segundo o Acnur, trata-se do maior número já visto pela agência. O relatório pede uma “reflexão trágica sobre como o deslocamento forçado global está afetando desproporcionalmente a vida dos jovens”.

PUBLICIDADE

A Alemanha foi o país que recebeu o maior número de solicitações: 441,9 mil. Em seguida, foi os Estados Unidos, com 172 mil.

De acordo com a pesquisa, 2015 também registrou um recorde em número de refugiados no mundo, totalizando 65,3 milhões de pessoas, o que representa um aumento de cerca de 10% em comparação ao ano anterior. Além disso, mais da metade deles são oriundos de três países: Síria, com 4,9 milhões de refugiados, Afeganistão, com 2,7 milhões, e Somália, com 1,1 milhão.

O Alto Comissário da Acnur, Filippo Grandi, criticou por meio de nota o fechamento das fronteiras para refugiados e fez um apelo. “Líderes mundiais não podem mais assistir passivamente tantas vidas serem desnecessariamente perdidas. Temos de encontrar meios humanos e dignos para garantir que os refugiados não arrisquem suas vidas e a de suas famílias, recorrendo a traficantes sem escrúpulos ou se valendo de barcos frágeis em uma tentativa de alcançar a segurança”.

Veja abaixo: 700 migrantes morreram na última semana no Mediterrâneo

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.