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Crianças são usadas como soldados em 41 países

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de 300 mil crianças - incluindo algumas de sete anos de idade - são usadas como soldados em 41 países do mundo, entre eles a Colômbia, segundo um informe internacional divulgado nesta terça-feira. Além de serem utilizados como combatentes de vanguarda, os menores também servem como rastreadores de minas, carregadores e escravos sexuais, segundo o informe divulgado pela Coalizão para Pôr Fim ao Uso de Crianças Soldados. Muitas crianças são obrigadas a vigiar as jazidas de diamantes e petróleo utilizadas pelos rebeldes africanos como fonte de financiamento de suas rebeliões. "Sempre e desde que possam apontar com um (fuzil) AK-47, as crianças, por menores que sejam, são convertidas (por seus superiores) em assassinos eficientes", disse hoje, em entrevista à imprensa em Johanesburgo, a porta-voz da coalizão, Judit Arenas. O número de crianças soldados permaneceu constante nos últimos anos, mas o número de países que as utilizam cresceu de 30 para 41 há três anos, disse Arenas. O uso de menores utilizados em conflitos diminuiu na América Latina com o fim de muitas guerras civis na região, mas continua na Colômbia, indica o informe, acrescentando que seis escolares colombianos, de 6 a 10 anos de idade, foram mortos à bala em agosto de 2000 por um contingente militar que os confundiu com uma unidade guerrilheira. Na África, estima-se que vário países utilizem atualmente mais de 120 mil crianças soldados, diz o informe, indicando, porém, que o país que tem maior número de crianças soldados é Mianmá, o país asiático antes conhecido como Birmânia. A coalizão com sede em Londres reúne vários grupos de defesa dos direitos humanos, entre os quais a Anistia Internacional, o Human Rights Watch e a World Vision International.

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