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Crimes contra humanidade são cometidos pelos dois lados no Sudão do Sul, diz ONU

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A Organização das Nações Unidas (ONU) acusou nesta quinta-feira tanto o governo quanto as forças rebeldes no Sudão do Sul de cometerem crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, estupros e outros abusos sexuais, durante os quase cinco meses de combates que deixaram milhares de mortos. "As consequências para a população civil têm sido devastadoras. Houve ataques contras hospitais, igrejas, mesquitas e bases da ONU", informou a missão de paz da entidade no Sudão do Sul (Unmiss, na sigla em inglês) em um relatório sobre direitos humanos. O documento de 62 páginas pediu mais investigações depois de encontrar indícios razoáveis para crer que os dois lados do conflito violaram direitos humanos internacionais e leis humanitárias. A violência irrompeu na nação mais nova do mundo em dezembro entre tropas que apoiam o presidente Salva Kiir e soldados leais a Riek Machar, deputado demitido pelo mandatário. A luta exacerbou tensões étnicas entre a tribo Dinka, de Kiir, e a Nuer, de Machar, e a ONU alertou sobre o risco de genocídio. "O número de baixas civis é alto, possivelmente de milhares, embora até hoje ninguém tenha sido capaz de estabelecer uma cifra exata. Um padrão desolador de violência e destruição emergiu à medida que os dois lados do conflito ganham e perdem o controle de cidades e áreas adjacentes", diz o relatório. (Por Michelle Nichols)

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