Crise na praça Tahrir provoca renúncia de ministro da Cultura do Egito

Pelo menos 33 pessoas morreram em enfrentamentos com as forças de segurança

PUBLICIDADE

Por Efe e France Press
Atualização:

CAIRO - O ministro da Cultura do Egito, Emad Abu Ghazi, disse nesta segunda-feira, 21, à Agência Efe que apresentou sua "renúncia definitiva" por conta "dos fatos dos dois últimos dias na praça Tahrir do Cairo", onde pelo menos 33 pessoas morreram nos últimos dias em enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança.
 

Veja também:especialInfográfico:A revolução que abalou o mundo árabesom TV Estadão: Veja imagens dos protestos na praça Tahrirdocumento Artigo: Entre Teerã de 1979 e Berlim de 1989blog Radar Global: Personagens, curiosidades e análises da crise "Participei da reunião (de urgência) do Conselho de Ministros ontem pela tarde e no final apresentei minha renúncia verbalmente ao primeiro-ministro (Essam Sharaf)", explicou Abu Ghazi, que até hoje não havia confirmado a informação.O intelectual e professor universitário de História, o primeiro membro do Governo que renuncia pelos eventos ocorridos em Tahrir, acrescentou que encontrou Sharaf também nesta amanhã."Entreguei minha renúncia por escrito e o agradeci por seu trabalho, porque o respeito muito", destacou Abu Ghazi, que não quis dar mais detalhes sobre a maneira como o Governo administrou a crise.A notícia da renúncia foi um rumor insistente durante o domingo, mas Abu Ghazi não se pronunciou até hoje sobre sua decisão, adotada depois que pelo menos 26 pessoas morreram desde no sábado pelos enfrentamentos entre manifestantes e as forças de segurança.Em seu perfil no Facebook, o historiador recebeu durante dois dias felicitações de centenas de pessoas, que elogiaram sua coragem pela decisão.  

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.