
28 de outubro de 2016 | 15h44
A crise política venezuelana deve ser um dos principais temas discutidos na XXV Cúpula Ibero-Americana, que começa nesta sexta-feira,28, na cidade caribenha de Cartagena. Amanhã, em uma reunião paralela, os países-membros do Mercosul discutem a aplicação da cláusula democrática contra Caracas, por ruptura da ordem democrática por parte do governo de Nicolás Maduro.
O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, anunciou que aproveitará a reunião para reiterar a necessidade de buscar uma saída para a situação na Venezuela e, mais especificamente, para insistir na ativação da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao governo de Nicolás Maduro.
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Kuczynski também afirmou na quinta-feira que pedirá a mobilização de uma operação de ajuda humanitária à Venezuela, diante da escassez de alimentos e remédios neste país.
Segundo o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Eladio Loizaga, a reunião será "realizada sob o amparo do Protocolo de Ushuaia Sobre Compromisso Democrático no Mercosul, levando-se em conta a situação vivida neste momento" na Venezuela, e que na mesma "pode ser tomada a decisão de iniciar o processo" de suspensão de Caracas do bloco.
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai optaram em setembro por assumir conjuntamente a presidência temporária do Mercosul, que cabia à Venezuela, para observar se o país cumpre os requerimentos do grupo.
Ao chegar à Colômbia, a ministra das Relações Exteriores argentina, Susana Malcorra, disse que "a situação na Venezuela é muito delicada", o que preocupa seu país. / AFP
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