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Crise pós-pleito já fez 2 mil deixarem Costa do Marfim

Refugiados fogem para Libéria Guiné; maioria é de mulheres e crianças

Atualização:

Tropas africanas da ONU ajudam na segurança na Costa do Marfim.

 

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GENEBRA - Cerca de 2 mil pessoas já fugiram da Costa do Marfim após a eleição presidencial da semana passada que deu origem a vários episódios de violência, informou nesta sexta-feira, 10, a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (Acnur).

 

"A Acnur está monitorando de perto a crise pós-eleitoral na Costa do Marfim, que já fez com que cerca de 2 mil marfinenses, a maioria mulheres e crianças, buscassem segurança nas vizinhas Libéria e Guiné", disse Andrej Mahecic, porta-voz da Acnur.

 

Desses refugiados, 1.700 cruzaram para o condado de Nimba, no nordeste da Libéria, enquanto outras 200 chegaram à região de Nzerekore, na Guiné, após dois dias de caminhada. Os refugiados, provenientes da região ocidental da Costa do Marfim, dizem que a medida é "de precaução e foi tomada por temores sobre a instabilidade e violência, na medida em que o impasse político continua".

 

Embora essas pessoas estejam com boas condições físicas, a maioria delas precisa urgentemente de comida e abrigo, disse Mahecic. Pelo menos 17 pessoas morreram em confrontos relacionados à eleição na Costa do Marfim nas últimas duas semanas e há relatos não confirmados de episódios de violência em todo o país.

 

Resultados endossados pela ONU deram a vitória a Alassane Ouattara, mas Laurent Gbagbo tem se negado a deixar a presidência, ocupada por ele há dez anos. O país do oeste da África é o maior produtor de cacau do mundo. As informações são da Dow Jones.

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