04 de novembro de 2012 | 15h38
Os cristãos correspondem a um décimo da população de 83 milhões de egípcios. Os ganhos políticos conquistados pelos islâmicos desde que o presidente Hosny Mubarak foi derrubado no ano passado preocupam a comunidade.
Islâmicos radicais têm sido acusados por ataques recentes contra igrejas, e os coptas há muito reclamam da discriminação que dizem sofrer no Egito.
Num ritual tradicional de orações e cantos na catedral de Abbasiya, no Cairo, os nomes de três candidatos a papa escolhidos anteriormente foram colocados numa urna, e um menino vendado escolheu um deles.
Os coptas acreditam que esse processo de seleção garante que influências do mundo externo não determinem a escolha do seu líder. O papa eleito substitui Shenouda 3o, que comandou a igreja por décadas e que morreu em março, aos 88 anos.
Tawadros 2o, 118o líder da igreja, foi saudado pelo papa interino Bakhomious. A cerimônia que dará posse ao bispo Tawadros, de 60 anos, ocorrerá em 18 de novembro.
"Eu trago amor por todos os nossos irmãos no Egito", afirmou o novo papa, em declaração transmitida pela TV.
Segundo especialistas, Tawadros se comunica bem e defende uma coexistência pacífica na sociedade egípcia.
O ativista copta Peter el-Naggar disse que o novo papa "não é o tipo de homem que comprometeria os nossos direitos".
Líderes muçulmanos e políticos ofereceram os cumprimentos ao novo papa e manifestaram a expectativa de que ele colabore com a unidade nacional.
(Por Yasmine Saleh)
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