Cristina Kirchner poderá levar vida normal após cirurgia, dizem médicos

Operação para retirada de tumor é simples e não deve atrapalhar presidente da Argentina

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BUENOS AIRES - A operação para retirada de um tumor canceroso na tireoide da presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, é relativamente simples, o que a levará a ter uma vida normal após a cirurgia, afirmaram nesta quarta-feira, 28, vários especialistas médicos.

 

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O presidente da Sociedade Latino-Americana de Tireoide, Marcos Abalovich, assinalou à Rádio Continental argentina que a operação deve durar de "duas a três horas, basicamente pela proximidade com outros órgãos" com a tireoide, uma das glândulas situadas na parte anterior do pescoço.

 

Aos 58 anos, Cristina Kirchner será operada no dia 4 de janeiro, em um hospital privado da cidade de Pilar, a 60 quilômetros ao norte de Buenos Aires, por Pedro Saco, um dos mais renomados especialistas argentinos neste tipo de câncer, conforme informação oficial.

 

"É um procedimento relativamente simples, mas que é preciso ser feito com tranquilidade. De acordo com os detalhes tornados públicos, seria excepcional qualquer complicação", ressaltou Abalovich. "Estas formações (cancerígenas) não costumam dar sintomas quando são pequenas. Não parece que o caso da presidente gere problemas para engolir ou respirar", explicou.

 

O presidente da Sociedade Latino-Americana de Tireóide indicou que Cristina deverá tomar pílulas de iodo radioativo "para destruir qualquer célula cancerígena que tenha ficado" depois da operação.

 

Altos índices de recuperação

 

O diretor do Instituto de Oncologia Pedro Roffo de Buenos Aires, Ricardo Kirchuk, coincidiu com Abalovich em que a governante será submetida a uma operação "sem muitas complicações", como comentou à emissora Rádio 10 de Buenos Aires. Segundo Kirchuk, a doença tem altos índices de recuperação e é "absolutamente do domínio da medicina.

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Pedro Saco, o cirurgião que vai operar Cristina em 4 de janeiro, estudou na Argentina e fez especialização no tratamento de câncer em Houston e Nova York, nos Estados Unidos. Depois de 27 anos no exercício da profissão ele atua também como vice-presidente da Associação Argentina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. 

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