Cristina Kirchner pretende estatizar ferrovias argentinas

A medida tornaria públicas a gestão e a administração das ferrovias do país, como acontece atualmente com a linha Sarmiento, mas não com o resto das redes, controladas pela iniciativa privada.

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Ao anunciar a medida, que será enviada ao Parlamento na próxima semana, Kirchner declarou que "não foi motivada por nenhuma vontade estatista". Foto: AP

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou neste domingo sua intenção de estatizar as redes ferroviárias do país. "Vou enviar um projeto de lei para recuperar a administração das ferrovias argentinas para o Estado", afirmou a governante em seu discurso ao inaugurar as sessões ordinárias do Congresso.

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A medida tornaria públicas a gestão e a administração das ferrovias do país, como acontece atualmente com a linha Sarmiento, mas não com o resto das redes, controladas pela iniciativa privada. Ao anunciar a medida, que será enviada ao Parlamento na próxima semana, Kirchner declarou que "não foi motivada por nenhuma vontade estatista", mas que responde a critérios puramente econômicos e a um desejo de "melhorar a eficiência" do transporte por trilhos.

A presidente destacou que as despesas administrativas da linha Sarmiento, gerida pelo governo, aumentaram em 17%, ao mesmo tempo em que as empresas privadas registraram um crescimento bem maior em seus custos. "Me guio pelos números", disse ela, afirmando que a medida produzirá uma economia de 415 milhões de pesos argentinos (cerca de US$ 50 milhões).

Até 1991, as ferrovias do país foram operadas pela empresa estatal Ferrocarrilles Argentinos, mas a partir daquele ano, durante a presidência de Carlos Menem, a rede foi dividida em segmentos e o governo organizou concessões para leiloar trechos para o setor privado. Fonte: Associated Press.

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